Um jovem de 19 anos que assina apenas como “Ninja Anonymous” enviou a seguinte mensagem ao meu consultório:
“Ae Dr. Schneider firmeza? intaum véi to dando uns cato numa mina ae mais tipo acim rola uns treps delissa a gente fo0de memo no eskema, e pá, mais na ora das parada de sentimentu afetivo memo tá ligadu? o baguio é mó estranho tipo acim a mina meio que sai fora e dae nem sei se apresento ela pra minha veia ou se falo pros maluko du bairro que tamo namorandu ou se to soh cumenu ela tá ligado? num sei qual ki eh a da mina, véi! o sinhor pode ajudá?? valeu tru, é noix!”
Posso sim. Meu caro Ninja Anonymous, recebo muitas indagações desse tipo, sabe? É um dilema comum hoje em dia. Afinal, com toda essa deliciosa promiscuidade sexual em que ninguém é de ninguém desde que se tenha à mão sempre um bom pacote de camisinha, é natural que surjam dúvidas como essa. Afinal, estamos namorando (ligação afetiva e erótica) ou apenas transando (ligação meramente erótica)? Às vezes a linha é tênue. E a gente fica assim, confuso, mais perdido que um O.B. sem cordinha, né? Eu sei. Bem, é nessa hora que eu lanço mão das obras de minha vasta biblioteca e abro aqui meu tomo V das obras completas de SIGMUND FREUD com prefácio de MELANIE KLEIN, capa amarela e posfácio de Clarice Lispector (Cosac Naif, R$70,00) e leio o seguinte pra você, ó:
“Afinal, estamos ou não estamos namorando?
R.: Amigo: se ela NÃO deixa gozar na cara, ela NÃO é sua namorada.”
Basicamente é isso. Espero ter ajudado e até a próxima.
Abraço caloroso do
Dr. Schnedider, phD
licensed sexologist and fuckist.”