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6 filmes de Arte que vão ajudar você a pagar de sensível

Filmes “cabeça”, indie, alternativos, underground. Qual é a deles? Bom, pra responder a essa pergunta é preciso ter em mente o seguinte: esse tipo de filme não foi feito para entreter ninguém! Isso mesmo que você leu. Seu objetivo é outro: fazer com que seu espectador se sinta intelectualmente superior ao restante da humanidade. Além de mais poético, inspirado, sensível.

Ora, eu também tenho meus momentos de lirismo (outro dia me flagrei olhando durante 40 minutos para um saco plástico que era soprado pelo vento. Sério! Foi lindo!). Por isso, visando dar uma força pra rapaziada que está se iniciando agora na vida cultural, reuni a seguir os melhores filmes do estilo “cabeça” (iranianos ou não) que assisti nos últimos tempos. São obras avessas ao comercialismo vazio da linguagem do cinemão padronizado de Hollywood, saca? Filmes que acrescentam. Fazem pensar. E acima de tudo, que vão aumentar o seu Q.I. em pelo menos 10 pontos (use esses pontos depois pra achar coisa melhor pra ver).

Confira!

“Vovó é de morte”, de Anton Kurnievski

Drama dramático vencedor de melhor Oscar de Comédia Involuntária de 1962.

Depois de passar a noite no parque lutando karatê com esquilos, um jovem menino de 32 anos que mora com a avó volta para casa e descobre que a bondosa velhinha se enforcou no lustre da sala. E o pior: sem deixar nada pronto pro almoço.

Com Leda Lange e Grande Elenco (além de participações espaciais de Joseph Elenco, Médio Elenco e Pequeno Elenco). Um filme imperdoável!

 ”O Filme Mais Chato do Mundo”, de Lester Frowning

Filme de vanguarda muito ao lado de seu tempo, o Filme Mais Chato do Mundo se propõe a ser justamente isso: insuportavelmente chato. E consegue. Deleite-se com uma torneira pingando em câmera lenta. Vibre com uma camponesa russa penteando os cabelos durante dezoito intermináveis minutos ao som de um cachorro latindo do lado de fora da casa e mais nada. Interprete as expressões faciais de um velho lenhador esloveno em close desagradavelmente fechado enquanto ele masca tabaco ao longo de nove minutos e meio de puro virtuosismo poético. Chore de emoção com a beleza de… Ah, c*ralho! Você entendeu!

Com Chat Boring e Christopher Bollocks. Participação especial de Gigantesco Elenco. Intoleravelmente inteligente!

“A Verdadeira História Fictícia de Zoltan Darvos”, de Doltan Svavros

Zoltan Darvos era um brilhante estudante universitário cursando o último ano da faculdade de Medicina Empírica de Praga quando decidiu dar um rumo completamente inusitado à sua vidinha pacata, burguesa, feia, boba e chata. Filho de um próspero mendigo russo e fluente em 12 idiomas (sem contar a língua do pê), esse jovem culto de modos refinados, olhar oblíquo e um jeito meio vida loka de ser, decidiu sem mais nem menos, assim, do nada, que seria o maior poeta tcheco de todos os tempos de sua aldeia. E fracassou, é claro. Como? Ah, assiste o filme que você descobre!

Com Svoltan Varvros e Grande Elarsvros. Intocável!

 ”A Buceta Aberta e Arreganhada de N”., de Lilian Cavaquinho

Filme polêmico que sofreu forte censura, a começar pelo título, como se pode notar. A obra conta a triste história de Nina, garota suburbana porém limpinha que decide se prostituir antes que sua mãe fique doente e precise de algum remédio. Pois bem, a velha senhora não fica doente, mas Nina, enlouquecida por um tenebroso coquetel de drogas pesadas e outras coisas divertidas, se afunda na mais desavergonhada luxúria até encontrar a Redenção, famosa casa de meretrício localizada na parte nobre da Baixada Fluminense. Aí, sim, Nini bota pra quebrar.

Filme ganhador de três Kikitos, um Kakito e um chaveiro da turma da Mônica no festival de Valinhos. Com José Lewgoy e toda aquela cambada de sempre. Intangível!

 ”Ascensão, Escorregadela e Queda de Richard Thortsonn”, de Hans Krüünchennbahrr

Uma obra densa, toda em sépia e branco e com trilha sonora em braile, abordando a Revolta dos Pipoqueiros, conflito sangrento que abalou a Alsácia, a Lorena e a Raquel (três minas que moravam em Stalingrado na década de oito) e que mudou para sempre o destino dos curdos asiáticos do Leste Europeu.

Simplesmente imprestável, digo, imperdível.

 ”Logaritmo”, de Chorus Lyme.

A comédia musical que revolucionou a Broadway e reprovou cento e dez alunos finalmente chega ao cinema. Logaritmo é a fascinante odisseia das funções exponenciais, aquele negócio que a gente estuda na escola sem saber direito pra que que serve e continua sem saber até hoje. Um espetáculo de lógica cartesiana e sensualidade, Logaritmo apresenta algumas das mais belas pernas da história e um monte de equações diferenciais de lambuja. Uma exaltação da alegria de viver, do humor, do ritmo e da tabuada. Uma apoteose sensorial conduzida com maestria pela genial batuta de John Jones, o mesmo maestro que musicou a Tabela Periódica.

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Written by RC

RC

Somos uma equipe de refinados cavalheiros versados nas mais diversas áreas do conhecimento humano, mas com algo em comum: nosso devotado estudo da alma feminina em todas as suas manifestações. Principalmente a física.

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